Sejam Bem Vindos

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[...] nada do que já tenha ocorrido se perdeu para a história.WALTER BENJAMIN, Sobre o Conceito de História (1940)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

2012: Tempo do Apocalipse: A nova geografia da Terra após o "fim" Parte 3 de 7

 A nova geografia da Terra após o "fim"
Curiosamente, até já estão sendo desenvolvidos novos mapas da geografia terrestres após as alterações físicas que supostamente ocorrerão. Especula-se que a Europa e a América do Norte sofrerão um deslocamento de milhares de quilômetros em direção ao Norte, e seu clima se tornará polar.

Gordon Michel Scallion, que diz ter a capacidade de antever o futuro, é um dos mais populares na atualidade. Fatura horrores com a venda de um mapa do que seria a nova geográfica do planeta após a destruição universal que supõe, ocorrerá em 2012.

Em seu mapa, o Vale do Paraíba também ficará submerso (imagem acima).

Nos anos 40, o paranormal norte-americano Edgar Cayce fez várias previsões sobre profundas transformações sobre a face da Terra, e com outros pesquisadores, chegou à conclusão que o planeta deverá enfrentar um grande cataclisma em breve. Cayce previu que a Atlântida ressurgirá das profundezas das águas e que a América do Norte e Japão desaparecerão por completo.

Com o desaparecimento da América, desapareceria a corrente do Golfo o que levaria uma "era do gelo" até o norte da Europa e os países da Grã-Bretanha.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dica de Livro: 'a presença oculta: Genealogia, Identidade e Cultura Cristã-nova brasileira nos séculos XIX e XX"


Talvez por esta ausência de estudos sobre o tema,poucos associam aos descendentes de cistãos - novos ,esta presença nos hábitos, na alimentação e principalmente como uma porção importante de nossa formação étinica.

2012: Tempo do Apocalipse: Profecias dos povos Parte 2 de 7.

Profecias dos povos

Civilizações falam de uma destruição total da atual humanidade que ocorre de tempos em tempos e esperam para breve uma nova transformação. Nos registros de todos os povos há coincidências de informações, inclusive apresentando características similares à trechos no Antigo e Novo Testamento.

O ano de 2012, aliás, é o preferido das profecias em todas as religiões e civilizações. Para os povos polinésios chamados Maoris, no ano de 2012, o "véu vai cair", significando o fim da barreira que separa o mundo espiritual do físico. Isso só poderia ocorrer, com uma alteração dimensional.

O assunto é tão atraente para o público internauta, que em 5 de maio de 2008 havia 1.100.000 (um milhão e cem mil) sites na rede internet, falando sobre o assunto "2012 end". Quatro dias depois, no dia 13, há eram 1.580.000.

Os Maias assombram o mundo até hoje com uma profecia que prevê o fim do tempo atual no calendário deles e, em conseqüência, na contagem no calendário que conhecemos. Esse fim de era tem data prevista por eles: Sábado, dezembro de 2012. Após, um fenômeno de âmbito universal, começaria o "tempo fora do tempo". Isso representa, de acordo com a profecia, uma transformação planetária, mas não o fim da vida no planeta.

Segundo ainda o Calendário Maia, no solstício de Inverno, 21 de Dezembro de 2012, a Terra passará por uma espécie de transformação em sua crosta, e isso será catastrófico para quase todos os seres vivos. O acontecimento seria tão apavorante que o mundo que conhecemos hoje desaparecerá para dar lugar à "outra" Terra, com nova geografia.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Voltei!

olá pessoal, estive ausente, pois estava viajando. Passei 4 dias em Maceió e por incrível que pareça não tive como acessar a internet nesses dias, mas agora voltei e vamos continuar a viajar nesse mundo maravilhoso que é a História. Mesmo atrasado um feliz natal a todos e um prospero ano novo.

Obs: lembre-se que nem só no natal as pessoas passam fome, mas o ano inteiro. Ajude a diminuir a Miséria ajudando o proximo sempre que possível.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

2012: Tempo do Apocalipse: Introdução Parte 1 de 7

"Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro..."

(Zacarias,13:9)

A expectativa de acontecimentos dramáticos no futuro tem dado margens para debates e controvérsias, sendo assim, o mundo já tem até uma data definida para esses terríveis acontecimentos, de acordo com os artigos dispostos na rede mundial de computadores: 2012, o ano do "fim dos tempos", com o desaparecimento de 3/4 da população mundial.

Há, todavia, uma coincidência entre os registros presentes em todas as religiões, tradições, profecias de místicos e agora também a ciência, que estuda a probabilidade de que uma catástrofe universal possa estar a caminho.

Por que as autoridades mundiais criariam um banco de reserva de sementes nas geleiras das ilhas norueguesas de Svalbard, no Ártico, se não estivessem prevendo alguma ocorrência para breve? Esse banco deverá abrigar 4,5 milhões de sementes, e foi inaugurado em fevereiro de 2008. É denominado "caverna do juízo final" ou a Arca de Noé.

Claro que tem muita bobagem, desinformação científica e misticismo, espalhados por quase dois milhões de sites sobre o assunto, mas há também algumas indicações sérias de que algo estranho está no "ar".

Pesquisadores vêm anunciando que, após dramáticos fenômenos cataclísmicos que estão prestes a assolar a face da Terra, esta vai apresentar uma nova geografia. Isso não sem causar a perda de bilhões de seres humanos.

Um documentário no History Channel despertou a atenção de muitos para a profecia da civilização Maia. Sem a tecnologia que nossa civilização possui em tempos atuais, esses povos foram capazes de prever com exatidão (estudos atuais comprovam) uma grande efeméride astronômica em que o Sol, a Terra e a Lua estarão alinhados com o centro da Via Láctea em 21 de dezembro de 2012.

Várias civilizações falam de uma destruição quase que total da atual humanidade, com coincidências de informações, inclusive relativas à textos bíblicos. As versões são diversas: alinhamento galáctico, aproximação de um astro (cometa, Planeta X, estrela anã-marron, etc).

Místicos e espiritualistas afirmam que tais acontecimentos são processos de uma escala na evolução humana e que a humanidade deverá dar um salto quântico em sua trajetória, passando da 3º para a 4º dimensão. Mas esse número de pessoas seria restrito.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A Ciência dos Maias


O povo maia tem origem incerta, mas antigas escrituras podem ligá-la ao platônico povo atlânte. Os maias se instalaram onde hoje é o sul do México, a Guatemala e Honduras por volta do ano 1000 a.C. A sucessão de descobertas arqueológicas, a partir do século passado, indica o desenvolvimento de uma das mais notáveis civilizações do Novo Mundo, com arquitetura, escultura e cerâmica bastante elaboradas. Sem dúvida nenhuma, essa civilização se baseou nos conhecimentos das culturas arcaicas, anteriores mesmo ao século X a.C.. Mas, foi a decifração dos ideogramas da escrita maia que permitiu reconstituir parcialmente a história deste povo magnífico. 

A história dos maias pode ser dividida em três períodos: o pré-clássico (1.000 a.C. a 317 d.C.); o clássico ou Antigo Império (até 889 d.C.); e o pós clássico ou Novo Império (também conhecido como "renascimento maia" até 1697). Da idade pré-clássica pouco se conhece, mas pode se afirmar que, neste período, já existia uma estrutura social e religiosa como uma classe sacerdotal especializada em matemática e astronomia. 

Provavelmente, foi nessa época que foi criado o calendário maia. O fim da idade pré-clássica e o começo da idade clássica foram estabelecidos com base nas primeiras datas que puderam ser decifradas nos monumentos.


As Ruínas de Copán, a oeste de Honduras, foram descobertas em 1570 por Diego Garcia de Placio. Um dos locais mais importantes da civilização maia, estas Ruínas não foram escavadas até o século XIX. Suas fortalezas e praças públicas imponentes caracterizam suas três fases principais de desenvolvimento, antes que a cidade fosse abandonada no início do século X.

Os avançados conhecimentos que os maias possuíam sobre astronomia, como eclipses solares e movimentos dos planetas, e sobre matemática, lhes permitiram criar um calendário cíclico de notável precisão. Na realidade são dois calendários sobrepostos: o tzolkin, de 260 dias, e o haab de 365 dias. O haab era dividido em dezoito meses de vinte dias, mais cinco dias livres. Para datar os acontecimentos utilizavam a "conta curta", de 256 anos, ou então a "conta longa", que principiava no início da era maia. Eles determinaram com exatidão incrível o ano lunar, a trajetória de Vênus e o ano solar (365 dias, 5 horas, 48 minutos e 45 segundos). Inventaram um sistema de numeração com base 20 e tinham noção do número zero, ao qual atribuíram um símbolo.

Os maias utilizavam uma escrita hieroglífica que ainda não foi totalmente decifrada. Os cientistas, estudiosos da civilização maia, comprovaram que os antigos fizeram muitas observações do Sol, durante sua passagem pelo zênite, na praça cerimonial de Copán. Esta descoberta reafirma que os maias foram grandes astrônomos e que viveram seu período de esplendor entre os anos 250 a 900 d.C.. Durante os solstícios e os equinócios, a posição do Sol gera alinhamentos especiais entre os vários monumentos, altares e outras estruturas da principal praça do sítio arqueológico maia de Copán.

Hoje, o vale de Copán, como outros sítios arqueológicos, é declarado Patrimônio da Humanidade, resguardando o centro dos cerimoniais da civilização maia, que floreceu na América Central no primeiro milênio da Era Cristã.

Artigo do mês de julho de 2002 da Revista de Ciência On-line: http://www.cienciaonline.org/ 

sábado, 18 de dezembro de 2010

A Descoberta da Biblioteca de Alexandria


Uma equipe de arqueólogos egípcios e polacos descobriu a localização da antiga Biblioteca de Alexandria, desaparecida há quase 16 séculos, anunciou este sábado o Ministério do Turismo do Egito. A TSF falou com uma especialista no assunto.


Os arqueólogos depararam-se com 13 salas de conferências com capacidade para albergar 5.000 estudantes, de acordo um comunicado emitido pelo secretário-geral do Conselho Superior das Antiguidades (CSA), Zahi Hawwas.

As salas encontram-se perto de um teatro descoberto anteriormente e que poderá ter pertencido à biblioteca de Alexandria.

Para Maria Helena Trindade Lopes, especialista portuguesa em assuntos relacionados com o Egipto, ouvida pela TSF, esta descoberta é significativa.

O reconhecimento do espaço, com todas as especificidades que possa dar, pode ser extraordinariamente importante para tornar mais visível para o público do século XXI o que seria aquela realidade», afirmou.

Alexandria foi grande capital do Egipto helenístico, era a metrópole cultural e a biblioteca de Alexandria era um marco fundamental, decisivo, na construção de uma identidade cultural, era um mundo de conhecimento», acrescentou.

A prová-lo o facto dos filósofos Arquimedes e Euclides terem trabalhado neste local, que terá sido incendiado durante uma insurreição contra César em 48 AC, sob Cleópatra VIII (51-30).

Os historiadores pensam que António e Cleópatra transferiram depois a biblioteca para o Serapeum, mas este foi também incendiado em 390 por cristãos.

Em 2002 foi inaugurada uma nova Biblioteca de Alexandria, relativamente perto da biblioteca antiga.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Helenismo

O período helenístico iniciou-se em 323 a.C e se desenvolveu até 30 a.C. Era a concretização de um objetivo de Alexandre “o grande” que visava difundir a cultura grega em territórios conquistados. Seus reinos foram incorporados ao que futuramente seria o Império Romano.
A ciência helenística obteve grande desenvolvimento. Na medicina, Erasístrato iniciou a fisiologia destacando os vasos sanguíneos e a circulação sanguínea. Na arte, somente os ricos e os soberanos podiam apreciá-la. Apresentava formas orientais onde evidenciavam o patético e o teatral juntamente com o idealismo clássico. 
A literatura helenística apresentava muitas obras, mas infelizmente foram perdidas restando apenas alguns de seus fragmentos.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

2012: Tempo do Apocalipse: Profecias dos povos Parte 2 de 7

Profecias dos povos
Civilizações falam de uma destruição total da atual humanidade que ocorre de tempos em tempos e esperam para breve uma nova transformação. Nos registros de todos os povos há coincidências de informações, inclusive apresentando características similares à trechos no Antigo e Novo Testamento.


O ano de 2012, aliás, é o preferido das profecias em todas as religiões e civilizações. Para os povos polinésios chamados Maoris, no ano de 2012, o "véu vai cair", significando o fim da barreira que separa o mundo espiritual do físico. Isso só poderia ocorrer, com uma alteração dimensional.


O assunto é tão atraente para o público internauta, que em 5 de maio de 2008 havia 1.100.000 (um milhão e cem mil) sites na rede internet, falando sobre o assunto "2012 end". Quatro dias depois, no dia 13, há eram 1.580.000.


Os Maias assombram o mundo até hoje com uma profecia que prevê o fim do tempo atual no calendário deles e, em conseqüência, na contagem no calendário que conhecemos. Esse fim de era tem data prevista por eles: Sábado, dezembro de 2012. Após, um fenômeno de âmbito universal, começaria o "tempo fora do tempo". Isso representa, de acordo com a profecia, uma transformação planetária, mas não o fim da vida no planeta.


Segundo ainda o Calendário Maia, no solstício de Inverno, 21 de Dezembro de 2012, a Terra passará por uma espécie de transformação em sua crosta, e isso será catastrófico para quase todos os seres vivos. O acontecimento seria tão apavorante que o mundo que conhecemos hoje desaparecerá para dar lugar à "outra" Terra, com nova geografia.

A Cidade Mais Antiga das Americas - Caral

Em 2001, a cidade mais antiga da América do Sul foi oficialmente reconhecida. Datando de 2.600 anos antes de Cristo. Misteriosa, o que mais intriga é que a cidade de Caral tem pirâmides, contemporâneas das Pirâmides do Egito. Há 22 km de Puerto Supe, ao longo da costa deserta, 120 km da capital do Peru, arqueólogos provaram que mesmo em tempos modernos, grandes descobertas ainda podem ser feitas.

A Antiga Pirâmide de Caral é anterior à civilização Inca perto de 4.000 anos e foi construída um século antes da pirâmide de Gizé. É a mais importante descoberta arqueológica desde a descoberta de Machu Picchu, em 1911. Descobertas em 1905, as ruínas foram rapidamente esquecidas posto que não estavam supridas de ouro e cerâmicas.

Ruth Shady tem escavado em Caral desde de 1994. Ela é um membro do Museu Arqueológico da Universidade Nacional de São Marcos, em Lima. Desde de 1996, ela tem cooperado com Jonathan Hass,do American Field Museum. Ela notou que certas "formações" eram "pirâmides"; antes, eram consideradas como morros naturais. Sua pesquisa anunciou a datação do carbono quatorze do lugar, na revista Science em 27 de abril de 2001.

Caral é importante habitat de plantas domésticas, como algodão, feijão, abóbora e goiaba. A ausência de recursos cerâmicos faz com que essas comidas não sejam cozinhadas ― entretanto, podem ser assadas. O Centro se entende por 150 acres e contém seis pedras plataformas tumulares - pirâmides. O morro maior mede de 154 por 138 metros, embora somente 20 metros aflorem à superfície, duas praças, ainda soterradas são a base do túmulo e uma grande praça conecta todos os túmulos.

"grande pirâmide do Peru" foi geminada com uma escadaria que dá para um átrio, como plataforma, culminando numa residência com aposentos e uma pira cerimonial. Todas as pirâmides foram construídas em uma ou duas fases, o que significa que os monumentos foram planejados. O desenho da praça central é similar às estruturas encontradas nos Andes um milênio depois. Caral é, portanto, berço de nações posteriores.

Ao redor das pirâmides existem muitas estruturas residenciais. Em uma das casas foi encontrado um corpo que estava sepultado na parede; foi morte natural. Não há evidência de sacrifício humano. No meio dos artefatos foram encontradas trinta e duas flautas feitas de ossos de pelicano e de outros de animais, com entalhes representando figuras de pássaros e macacos. Isso mostra que, embora fixados ao longo da costa, os habitantes de Caral estavam familiarizados com animais da Amazônia.

Como a cultura começou? Antes de Caral, não existe nenhuma evidência exceto a existência de numerosas pequenas vilas. Sugere-se que elas se reuniram em 2.700 antes de Cristo, desenvolveram o cultivo agrícola e técnicas de pescaria. A invenção das redes de pesca de algodão facilitou a indústria . O excesso de comida resultou em comércio com um centro religioso.
Desassociado do modelo econômico de permuta, o novo modelo fez de Caral um pólo atrativo de pessoas em busca de oportunidades gerando uma mão de obra excedente. Ao que parece essa mão deobra foi utilizada na obra religiosa: a construção de pirâmides. A descoberta de Caral suscita um enigma histórico: ao mesmo tempo, em dois diferentes continentes, aconteceu o "descobrimento da agricultura" e o incremento de atividade ligada à arquitetura e engenharia e, em ambos os casos, com a edificação de pirâmides.

Este tipo de "templo""a pirâmide", encontra-se no Peru, Suméria, Egito, China etc., em todo terceiro milênio antes de Cristo. Coincidência, ou evidência de desígnio global? Pesquisas alternativas reabriram o debate, mas os arqueólogos não estão prontos para esclarecer isso. Caral é uma verdade difícil de explicar. É muito antiga. A data de 2.627 antes de cristo sem dúvida é baseada no exame de sacos de fibras trançadas encontrados no Sítio. Estes sacos eram usados para carregar as pedras que seriam utilizadas na construção das pirâmides.

O material é excelente candidato para datação através de carbono quatorze, que permite uma alta precisão. A cidade tinha uma população de aproximadamente de 3.000 pessoas. Mas havia dezessete outros sítios, permitindo, possivelmente, um total de 20.000 pessoas no vale Supe. Todos esses lugares no Vale Supe eram divididos similarmente como Caral. Eles tinham uma pequena plataforma ou círculos de pedra. Haas acredita que Caral era o centro da civilização, parte de um enorme complexo, com comunidades litorâneas e terras distantes da costa ― como a Amazônia, considerando as pinturas e entalhes encontrados.

Por uma razão desconhecida, Caral foi abandonada rapidamente depois de um período de 500 anos (2100 AC). Segundo a teoria mais aceita a população migrou devido a uma seca. Os habitantes foram forçados procurar terras férteis. As condições ásperas de vida não desapareceram: de acordo com World Monumento Fund. (WMF), Caral é um dos 100 lugares [sítios arqueológicos] em perigo do mundo, em risco de desaparecer ou ser completamente vandalizado.

A tarefa é muito mais complicada devido aos ladrões que rondam a área à procura de tesouros arqueológicos. Embora o governo peruano tenha dado meio milhão de dólares em ajuda, Shady argumenta que a ajuda não é suficiente ― e o WMF sempre argumenta que o descaso do governo Peruano é a razão para a decadência do lugar. Doações privadas pararam de ajudar, como as da Companhia Telefônica do Peru. Mas Shady acredita que recursos de preservação venham com o turismo. Com o avanço das escavações e a restauração, Caral pode fazer da rota turística sul-americana, tal como as linhas de Nazca e a famosa Machu Picchu.

    

Civilização Cretense e Micênica

A origem da civilização grega está intimamente ligada à ilha de Creta, ao sul do Mar Egeu. Nessa ilha, com 258 km na parte mais larga, se desenvolveu uma sociedade voltada ao comércio com as regiões vizinhas, em especial com o Egito. 
Creta exerceu domínio sobre a Grécia continental. 

Até hoje alguns pesquisadores discutem se a civilização cretense chegou a ser uma unidade política, governada por um lendário rei chamado Minos, ou se predominou a fragmentação em vários reinos. 

Outro aspecto a ser destacado é o privilégio de que desfrutavam as mulheres cretenses, desconhecido em outras sociedades da Antiguidade. Como decorrência disso, a religião mostrava a tendência matriarcal dessa sociedade na figura da Grande Mãe, sua principal divindade, particularidade distinta de outras culturas do período em que era comum o predomínio de divindades masculinas. 

No século XV a. C.,um grupo de invasores formado pelos aqueus, povos do norte da Península Balcânica, foi responsável pela queda de Creta e pelo advento da civilização micênica, na qual essa era o centro. 

Tanto os dórios quanto seus antecessores, os aqueus, os eólios e os jônios, faziam parte do grupo humano lingüístico denominado indo-europeu, que alcançou a Península Balcânica entre 200 e 1200 a.C. 

Os dórios impuseram um violento domínio sobre toda a região da atual Grécia, causando não só o fim da civilização micênica, mas também o deslocamento de grupos humanos da Grécia continental para as ilhas do Egeu e o litoral da Ásia Menor, em processo conhecido como Primeira Diáspora Grega 

Veio a decadência, cidades foram esvaziadas, provocando o colapso comercial e cultural, o que quase ocasionou o desaparecimento da escrita na região. 
Acabaram por obrigar os diversos povos que lá habitavam a deixarem o que ainda existia de vida urbana e comercial para se dedicarem as atividades rurais.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Mídia e Racismo

Esse texto é de Thiago Oliveira blogueiro e professor de História. o endereço do blog é: http://www.batedeiraindustrial.blogspot.com/,
Sérgio Cardoso, ator branco pintado de negro em A Cabana do Pai Tomás (1969)
Peço a você que visualize junto comigo um diretor de telenovela, acabando de receber o script das mãos do autor para o próximo folhetim do horário nobre. Ele começa a ler a sinopse da trama e a descrição de cada personagem. No papel do galã segue a descrição: Empresário bem sucedido, entre 30 a 35 anos, porte físico atlético, bonito. Será que o diretor convidará um ator negro para dar vida a esse personagem? Provavelmente não. Por mais que tenhamos avançado, o negro ainda não é visto como um profissional bem sucedido. Ele esta mais para o faxineiro, a diarista, o chofer, o bandido... Também é difícil aceitar o negro como galã. O padrão europeu de beleza está longe de ser quebrado. Para a maioria das pessoas, existem negros, latinos e asiáticos bonitos, mas no geral, o biotipo de cabelos loiros e olhos claros é considerado o auge da estética.  E a mídia sabe muito bem explorar isso.
    A sociedade brasileira é racista, de tabela a mídia também . É um racismo diferente dos EUA, por exemplo, que tende a segregar brancos e negros. Aqui no Brasil está todo mundo misturado. O negro é maioria e minoria ao mesmo tempo. Está em maior número na quantidade de pessoas, está em maior número entre as camadas mais carentes, está em menor número no que diz respeito à escolaridade e está em menor número ainda na mídia. Como nós vivemos num país miscigenado, e exportamos pra gringo ver a imagem da mulata que samba quase nua, mantemos uma postura anti-racismo, mas essa nossa postura só mascara o que somos de fato: Somos preconceituosos e racistas. Por mais que se diga que não, é a mais pura verdade, e quem é negro sabe do que estou falando. Pois eu não posso descrever o que é ser barrado numa festa por causa da minha cor, não sei o que é ser confundido com um bandido por causa da minha cor, não sou comparado ao macaco por causa da minha cor. Nesse momento, vários cidadãos brasileiros estão sendo descriminados pelo simples fato de serem negros.
Precisamos dialogar francamente. Precisamos assumir que somos excludentes e racistas. Esse é o ponto de partida para que a mudança venha ocorrer de fato. Não dá para discutimos esse assunto apenas na Semana Da Consciência Negra. Essa questão deve ser pauta nas escolas e univesidades durante o ano inteiro. O negro precisa questionar a sua ausência na mídia. Por que os atores negros só são maioria quando uma novela aborda a escravidão ou um filme mostra o banditismo nas favelas?  Na novela Passione, que está no ar atualmente, há um negro como um dos executivos de uma gigantesca empresa. Porém todos os demais executivos possuem um núcleo familiar, menos ele. Não aparece sua mãe, seu pai, seus irmãos...É um personagem solto, sem origens. Faltam negros no mercado de atores? Não, falta romper com o racismo velado. Se eu perguntasse a você o nome do repórter branco da Rede Globo, você com certeza rebateria: qual deles? Mas se eu perguntasse o nome do repórter negro, você responderia na lata: Heraldo Pereira. Por que? Porque só tem ele.
Sinceramente, as coisas estão melhorando. O sistema de cotas nas universidades, tão polêmico e questionado, irá formar afrodescendentes que daqui a uma década farão parte de uma nova classe média. Consumidores em potencial que vão passar a cobrar uma maior representatividade. Vão querer se ver na tela da televisão, não mais como subalternos. Também a Lei 10639, que decreta o ensino de História da África e da Cultura afro-brasileira, se posta em prática de maneira responsável, formará cidadãos que não terão mais preconceito de cor. E assim não será preciso mais falar em consciência negra, e sim consciência coletiva, cidadã, humana. Infelizmente, mesmo se extinguindo o preconceito racial, a sociedade irá arrumar um outro preconceito novinho e folha para pôr no lugar do racismo. Mas vamos focar no nosso preconceito de cada dia. Ele ainda não foi vencido. Depois falaremos dos que virão, sejam eles quais forem. 

Alexandria

Alexandria era um centro urbano que deu origem ao reino egípcio dos Ptolomeus. Foi fundada em 332 a.C. pelo macedônio Alexandre Magno e em pouco tempo se tornou uma das maiores cidades do mundo grego. No quebra-mar do Mar Mediterrâneo, foi construído o Farol de Alexandria, com 135 metros de altura, divididos em três partes onde a primeira era quadrada, a do meio era de oito faces e a superior era cilíndrica. Era rodeada por uma rampa em forma de caracol que chegava ao topo onde havia a estátua do deus Hélio, o deus Sol. O farol é considerado uma das maravilhas do mundo antigo.
A cidade foi a principal base marítima do Mediterrâneo, pois abrigava grandes embarcações e permitia que a cidade exportasse sua produção para todo o país. Tornou-se capital do Egito e nela foi construído grandes palácios, instituições públicas, museus, bibliotecas e templos.
No século VII, a biblioteca da cidade foi incendiada perdendo cerca de 700 mil rolos de papiro contendo obras da antiguidade. Em 1375, o farol foi destruído por um terrível terremoto. Em 1994, arqueólogos mergulharam sob Alexandria e descobriram restos de embarcações e de construções daquela época. Hoje, a cidade está ameaçada pelas erosões provocadas pela elevação marítima.

A vida de luxo dos Faraós

Hoje existe uma restrita parcela da população mundial que vive em um elevado índice de consumo e muito luxo. 

Mas isso não é privilégio apenas da sociedade atual. No tempo dos faraós, eles e suas famílias levavam uma vida com muito luxo, requinte e conforto, mesmo que nos padrões da época a realidade vista hoje é de surpreender. 

Os faraós moravam em palácios com mobília fabricada com materiais nobre, como cedro, ébano com vários detalhes em marfim e ouro e os artesãos possuíam técnicas e perícias para a elaboração de peças únicas, os utensílios domésticos possuíam grande beleza e qualidade em relação aos demais objetos usados em outras famílias, isso só afirmava o poder e a riqueza. 

Outra evidência de luxo, conforto e prova da tamanha riqueza estava no contingente de servos responsáveis pela manutenção do palácio e para oferecer lazer aos faraós, eram criados, músicos, cantores, dançarinos e copeiros, oferecendo muitas facilidades. 

Para preencher o tempo os faraós, também chamados de ‘deuses vivos’, caçavam, pescavam com grande freqüência e praticavam vários jogos como forma de tornar seus dias mais agradáveis.

sábado, 4 de dezembro de 2010

A Prostituição na Antiguidade

                                        O lugar da prostituição no mundo antigo ainda é alvo de discórdia entre historiadores.
A questão sexual é tema que intriga vários historiadores ao longo do tempo. Afinal de contas, o exame sério e detalhado desse tema tem o grande poder de reavaliar o lugar que as práticas sexuais possuem no mundo contemporâneo e estabelecer a construção de outras lógicas de sentido para uma ação que não tem nada de universal. Além disso, a observância de relatos sobre a prática sexual também abre espaço para a compreensão de outras questões políticas, sociais e econômicas que extrapolam a busca pelo prazer.
Com respeito à prostituição, vemos que diversos autores relataram o oferecimento do sexo em troca de alguma compensação. Na Grécia Antiga, por exemplo, observamos uma hierarquia entre prostitutas que poderiam não passar de meras escravas, mas que também detinham dotes artísticos ou circulavam livremente entre a elite. Já entre os romanos, a atividade era reconhecida, regulamentada, e as chamadas “lobas” chegavam até mesmo a pagar imposto em cima de seus ganhos.
Quando atingimos o mesmo tema na Antiguidade Oriental, é comum ouvirmos falar sobre a prática da prostituição com fins rituais. O geógrafo grego Strabo, por exemplo, relatou que os assírios ofereciam suas filhas ainda muito jovens para praticarem a prostituição ritual com aproximadamente 12 anos de idade. Heródoto, considerado o pai da História, descreveu de forma repugnante a prostituição babilônica realizada no interior do templo da deusa Ishtar.
Não se restringindo ao mundo acadêmico, vemos que essa noção do ato sexual com fins religiosos ainda tem o seu imaginário explorado. No fim da obra “O código da Vinci” temos uma cena em que a prática sexual é resignificada de modo a se afastar dos tabus e valores que assentaram o sexo na cultura ocidental. Entre relatos e representações, observamos que alguns historiadores vêm questionando fortemente essas narrativas que vinculam o sexo e a prostituição na antiguidade com algum ato sagrado.
Para essa corrente revisionista, a descrição do ato sexual entre algumas civilizações antigas partiu de cronistas e observadores interessados em detrair a cultura estrangeira sob o ponto de vista moral. Além disso, eles buscam e citam, entre os vários povos do Crescente Fértil, a presença da prostituição como meio de sobrevivência e a sua oferta pelas ruas dos centros urbanos. Observamos assim uma tendência que busca o fim da mitificação e da mistificação da prostituição entre os antigos.
Entre essa disputa, observamos que a sacralização do sexo na Antiguidade tende a produzir um modo de interpretação que não questiona devidamente alguns documentos trabalhados nessa época. Por outro lado, advoga em favor de uma reconstrução do passado em que o tom exótico dado à prática sexual cede lugar a outras narrativas em que a prostituição teria significados mais próximos aos que reconhecemos no mudo contemporâneo.
Por Rainer Sousa

A Doação de Constantino

                suposta “Doação de Constantino” (imagem) foi revisada pelo estudo de Lorenzo Valla, no século XV.
   No processo de formação da Igreja Católica, observamos que o fortalecimento dessa instituição enfrentou situações que ameaçavam a sua unidade. Uma delas ocorreu no ano de 476, quando a queda do último imperador romano do Ocidente estabeleceu o triunfo das invasões bárbaras na Europa. Mais que um simples evento de ordem política e militar, esse acontecimento poderia significar o enfraquecimento do cristianismo frente às religiões pagãs que tomavam corpo.
   Foi então que os clérigos da alta cúpula cristã apresentaram a chamada Doação de Constantino, um documento de 337 onde o imperador romano de mesmo nome teria reservado todo o Império Romano do Ocidente para a Igreja. Apesar de não ter assumido os reinos europeus diretamente, esse mesmo documento teve grande força política para expressar a influência dos chefes cristãos frente os reinos que se organizavam naquele tempo.
   É assim que vemos, entre outros argumentos, de que modo a Igreja acumulou seu poder de interferência em questões políticas da Europa. Contudo, o peso desse documento acabou sendo desmascarado no século XV, quando o estudioso Lorenzo Valla apresentou uma série de documentos que comprovaria a falsidade do tempo em que o documento da doação teria sido feita.
   Naquela época era impossível se valer de algum recurso tecnológico que pudesse calcular exatamente a datação do documento. Foi então que Lorenzo examinou o conteúdo do texto, observando os erros linguísticos existentes e as expressões empregadas em sua construção. Por meio de seus estudos, detectou a presença de helenismos e barbarismo que não correspondiam ao uso da língua latina naqueles tempos do império de Constantino.
   
   Além dessas questões formais, o estudioso percebeu que a natureza do documento, elaborado com um único testemunho, não correspondia ao hábito da época. Ao mesmo tempo, ele apontou como incongruente o uso do termo “sátrapa” (expressão de natureza oriental) para fazer referência aos membros do Senado Romano e a menção de Constantinopla como uma cidade cristã em um tempo em que a mesma, assim como outras regiões dadas como de dominação romana, estava longe de assumir tal posição.


   O trabalho de Valla, ao longo do tempo, não significou apenas uma tentativa de se desestabilizar a autoridade do clero. Para os historiadores, sua forma de questionar o documento exigiu a reunião de informações que envolviam as transformações da língua ao longo dos tempos e a necessidade de se estabelecer uma relação de identidade entre o documento e a época em que ele teria sido produzido. Desse modo, a invalidação da Doação de Constantino serviu de grande contributo no estudo do passado.
Por Rainer Sousa

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Idade Antiga

   Quando adentramos o estudo da Antiguidade ou Idade Antiga, é bastante comum ouvir dizer que esse período histórico é marcado pelo surgimento das primeiras civilizações. Geralmente, ao adotarmos a expressão “civilização” promove-se uma terrível confusão que coloca os povos dessa época em uma condição superior se comparados às outras culturas do mesmo período.
   Na verdade, a existência de uma civilização não tem nada a ver com essa equivocada ideia de que exista um povo “melhor” ou “mais evoluído” que os demais. O surgimento das primeiras civilizações simplesmente demarca a existência de uma série de características específicas. Em geral, uma civilização se forma quando apontamos a existência de instituições políticas complexas, uma hierarquia social diversificada e de outros sistemas e convenções que se aplicam largamente a uma população.
   Ao contrário do que se possa imaginar, não podemos apontar uma localidade específica onde encontremos a formação das primeiras civilizações da história. O processo de fixação e desenvolvimento das relações sociais aconteceu simultaneamente em várias regiões e foi marcado pelo contato entre civilizações, bem como a incorporação de duas ou mais culturas na formação de outra civilização.
   Reportando-se ao Mundo Oriental, podemos assinalar o desenvolvimento das milenares civilizações chinesa e indiana. Partindo mais a oeste, localizamos a formação da civilização egípcia e dos vários povos que dominaram a região Mesopotâmica, localizada nas proximidades dos rios Tigre e Eufrates. Também conhecidas como civilizações hidráulicas, essas culturas agruparam largas populações que sobreviviam da exploração das águas e terras férteis presentes na beira dos rios.
   Na parte ocidental do planeta, costuma-se dar amplo destaque ao surgimento da civilização greco-romana. O prestígio dado a gregos e romanos justifica-se pela forte e visível influência que estes povos tiveram na formação dos vários conceitos, instituições e costumes que permeiam o Ocidente como um todo. Contudo, não podemos também deixar de dar o devido destaque aos maias, astecas, incas e olmecas que surgem no continente americano.
   Sem dúvida, o estudo das civilizações antigas se mostra importante para que possamos entender melhor sobre as várias feições que a nossa cultura assume atualmente. Contudo, sob outro ponto de vista, o estudo da Antiguidade também abre caminho para que possamos contrapor os valores e parâmetros que um dia foram comuns a alguns homens e hoje se mostram tão distantes do que vivemos. É praticamente infinito o leque de saberes que se aplica a esse período histórico.
Por Rainer Sousa