Estréia: Nova York (Astor – Capitole), 15 de outubro de 1940. O primeiro filme sonoro de Charlie Chaplin, onde ele expõe abertamente suas opiniões políticas. É um filme de denúncia, ridicularizando Hitler e seus subordinados. Sua preocupação em reconhecer os fatos tristes da guerra, antecipando e denunciando uma automatização da humanidade. Expressados pelo discurso de apresentação, por sua vigor em comandar a humanidade, demonstrando uma forma de exercer o poder. Ao percorrer as ruas em seu passeio em carro descoberto, as estátuas também explicitam suas convicções, fazendo uma exposição articulada de obediência à Hitler, com a saudação imposta por ele, demonstrando uma abertura ao socialismo.
O barbeiro judeu interpretado por Charlie Chaplin ao fazer a barba de um cliente, ouvindo no rádio o discurso do poderoso ditador, impõe seu pensamento tomando atitudes contra o nazismo. A partir daí assume seu papel de defensor dos fracos, ganhando em agressividade e espírito crítico.
A cena em que o mundo é tratado como uma bola frágil e perfeitamente controlável, demonstra a fragilidade do mundo contemporâneo, nas mãos de um fascista reacionário, o qual pretende provar seu domínio. Esta cena passa a ser uma motivação para a maneira de olhar e ver a capacidade de Hitler no domínio do mundo. O filme está permeado de ansiedade e tensão típicas de um período de guerra, mas, envolto na sátira e hábil maneira de expor seu entusiasmo ideológico.
O filme ataca o totalitarismo e seus líderes, sendo o epílogo, com o discurso feito pelo barbeiro judeu, considerado como uma exposição contra um réu. Chaplin trouxe a preocupação com o momento histórico juntamente com a sensação hilária das comédias pastelões. Uma maneira diversa de encarar o mundo, suas preocupações, e as novas formas de domínio que estavam prontas para se estabelecer; sendo ele mesmo um participante e cúmplice das suas próprias ações.
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