Sejam Bem Vindos
Estou aqui na tentativa de criar um blog relacionado a pesquisas e temáticas que abordem toda a produção histórica.
Mande seu trabalho ou pesquisa para ser publicado no blog e ajude a espalhar cada vez mais o conhecimento.
Contato: Handresson2007@hotmail.com
[...] nada do que já tenha ocorrido se perdeu para a história.WALTER BENJAMIN, Sobre o Conceito de História (1940)
quinta-feira, 31 de março de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
A História da Maquina de Escrever
O verdadeiro inventor da máquina de escrever foi um padre brasileiro, José Francisco de Azevedo.
Além de matemático era excelente mecânico.
Ganhou medalha de ouro por um protótipo em 1861, em exposições de Pernambuco e Rio de Janeiro.
Nos Estados Unidos, só em 1868 é que Christopher Sholes registrou a patente.
Reflita!
Olá leitores como vocês podem notar, estou colocando no blog textos para a gente refletir um pouco sobre nossa vida. Abaixo vai um pequeno dialogo de Confúcio. Leia e Reflita.
Uma vez perguntaram a Confúcio:
"O que o surpreende mais na humanidade?"
Confúcio respondeu:
"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperá-la.
Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por não viver no presente nem no futuro.
Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido..."
terça-feira, 29 de março de 2011
Um futuro para o histórico porto do Rio
Hoje degradada, zona portuária da antiga capital ganha projeto de revitalização que inclui construção de museu dedicado às ciências.
Fundação Roberto Marinho / Divulgação
Uma das regiões mais degradadas do Rio de Janeiro fica, contraditoriamente, em uma das áreas historicamente mais importantes da cidade, a zona portuária. Um grande projeto de revitalização do local pretende reverter essa situação. Um dos carros-chefe do projeto é a construção do Museu do Amanhã, que será dedicado às ciências – da história natural à tecnologia. A curadoria será dividida entre o físico Luiz Alberto Oliveira e o professor de cultura brasileira Leonel Kaz.
O prédio que abrigará a instituição foi projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava e ocupará uma área de 12,5 mil m2, no píer Mauá. As obras começaram em dezembro passado e devem ser concluídas no segundo semestre de 2012. O projeto está orçado em R$ 130 milhões.
A reformulação urbanística da zona portuária inclui várias ações: a recuperação do casario, o calçamento e a iluminação do Morro da Conceição, o restauro da igreja São Francisco da Prainha, de 1696, do edifício A Noite, de 1930, e de outros prédios históricos, como o palacete Dom João VI, de 1912, que também deve acolher um museu. A ideia é transformar a esquecida zona portuária em polo turístico, com bares e restaurantes.
Uma imagem fala mais que mil palavras: 3. "Dor nos Ombros"
17/03 - Homem chora próximo à casa destruída na qual morava, onde está a sepultura de sua mãe, em área devastada por terremoto seguido por tsunami na cidade de Onagawa, na prefeitura de Miyagi, Japão.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Boa Leitura.
Olá amigos leitores, essa semana resolvi pesquisar um pouco sobre a nossa água, pois se existe algo tão importante para a humanidade é ela.
Em pleno século XXI aonde as informações vem como furacão nós ainda temos muito que aprender, a respeito de educação básica. Quem aqui nunca viu uma pessoa jogar água fora, isso mesmo jogar água fora, lavando calçada ou molhando a frente da casa num dia quente para “aliviar o calor”, são clássicos de desperdício.
Outra forma de desperdício são os nossos serviços de distribuição de água, que vira e mexe tem um cano estourado jogando litros e mais litros de água fora. Até quando isso vai acontecer? Espero que se revolva logo, pois não sei até quando a nossa água vai agüentar tanto desperdício.
Cuide bem da nossa água, pois viemos dela, voltaremos a ela e se não fosse por ela não estaríamos aqui.
Agora deixe de preguiça e leia os dois textos abaixo falando da importância da água, que foi importante para o surgimento de grandes civilizações e ainda é para manter a vida.
A ÁGUA DO MUNDO!
de Leo Jaime.
A água que cai do céu cai purinha, purinha, é o que penso enquanto corro dela. A água que cai do céu. Lembro-me do livro da Camille Paglia em que ela afirmava, ou pelo menos foi o que me recordo de ter dali subtraído, que o homem havia optado por viver em grupo por temor aos fenômenos naturais: chuvas, clima, terremotos etc. Foi preciso se unir contra as forças da natureza. As forças amorais na natureza. Quando passa um furacão levando tudo, bons ou os maus, estão todos ameaçados. Quando chove muito e tudo começa a inundar, anjos e demônios poderão estar, em breve, igualmente submersos. Quando a água falta, senhores e escravos morrem da mesma sede. Há forças mais poderosas que a maldade humana.
Os destinos turísticos são, em sua maioria, lugares interessantes por causa da água. Praias, lagos, rios, cachoeiras: somos naturalmente atraídos pela água. A simples vista para o mar ou rio já torna um ambiente mais interessante. Parece óbvio o que digo mas se levarmos em conta que grande parte do planeta é tomado por água isso passa a ser, sim, digno de nota: vivemos em meio a tanta água e ainda somos tão fascinados por ela! Nosso organismo é também, em sua maior porção, água. Somos água, viemos da água, para a água voltaremos e, enquanto tivermos como aproveitar a vida, queremos fazê-lo perto de alguma fonte de água límpida, na beira de um rio ou mar. Navegando, que seja. Queremos água.
Vivemos, porém, sob o alerta de que a água pode acabar. É preciso economizar. Parece absurdo pois a água é absolutamente indestrutível! Se você toca fogo ela vira fumaça e depois volta a ser água, se congela ela derrete e volta a ser água, seja lá o que se faça com ela, a água volta a ser água depois de um tempo, pura e cristalina. E na mesma quantidade! Pois é. Mas pode voltar salgada. Sabe lá o que é morrer de sede em frente ao mar? O prejuízo maior que a água pode sofrer é a poluição. Uma vez poluída a água pode demorar muitos anos para voltar ao seu estado natural, potável, como os pingos da chuva lá do início.
Volto ao início e ao senhor que tentava varrer uma folha de árvore, pequenina, da porta de seu prédio, segundos antes da chuva começar. Quantos litros de água pura ele desperdiçava naquela tarefa imbecil? Não seria mais fácil varrer a folhinha ou pegá-la com a mão? Aquela água correria para o bueiro e se juntaria ao esgoto cheio de substâncias químicas e de lá iria parar sabe-se lá onde, mas, poluída, demoraria um tempo enorme para voltar para o reservatório d'água da cidade. Este tempo é que pode ser o suficiente para uma cidade entrar em caos por não ter o que beber. A água não vai "acabar" nunca, mas talvez, um dia, não possamos usufruir dela onde e como gostaríamos. Talvez as grandes desgraças naturais não nos metam tanto medo porque o que nos vai derrotar mesmo sejam as folhinhas nas calçadas. Aguadas de estupidez.
Vou correndo, como se isso me fizesse escapar dos pingos da chuva que se inicia. Menos tempo na chuva, pode ser ilusório, mas tenho a impressão de que ficarei menos molhado, de que chegarei menos ensopado. Com o canto do olho observo o senhor que com a mangueira termina de limpar a calçada, mesmo sabendo que a chuva há de modificar todo o cenário nos próximos instantes. Ou vai trazer de volta toda a sujeira que ele está tirando ou vai lavar outra vez o que ele acabou de lavar.
A água que cai do céu cai purinha, purinha, é o que penso enquanto corro dela. A água que cai do céu. Lembro-me do livro da Camille Paglia em que ela afirmava, ou pelo menos foi o que me recordo de ter dali subtraído, que o homem havia optado por viver em grupo por temor aos fenômenos naturais: chuvas, clima, terremotos etc. Foi preciso se unir contra as forças da natureza. As forças amorais na natureza. Quando passa um furacão levando tudo, bons ou os maus, estão todos ameaçados. Quando chove muito e tudo começa a inundar, anjos e demônios poderão estar, em breve, igualmente submersos. Quando a água falta, senhores e escravos morrem da mesma sede. Há forças mais poderosas que a maldade humana.
Os destinos turísticos são, em sua maioria, lugares interessantes por causa da água. Praias, lagos, rios, cachoeiras: somos naturalmente atraídos pela água. A simples vista para o mar ou rio já torna um ambiente mais interessante. Parece óbvio o que digo mas se levarmos em conta que grande parte do planeta é tomado por água isso passa a ser, sim, digno de nota: vivemos em meio a tanta água e ainda somos tão fascinados por ela! Nosso organismo é também, em sua maior porção, água. Somos água, viemos da água, para a água voltaremos e, enquanto tivermos como aproveitar a vida, queremos fazê-lo perto de alguma fonte de água límpida, na beira de um rio ou mar. Navegando, que seja. Queremos água.
Vivemos, porém, sob o alerta de que a água pode acabar. É preciso economizar. Parece absurdo pois a água é absolutamente indestrutível! Se você toca fogo ela vira fumaça e depois volta a ser água, se congela ela derrete e volta a ser água, seja lá o que se faça com ela, a água volta a ser água depois de um tempo, pura e cristalina. E na mesma quantidade! Pois é. Mas pode voltar salgada. Sabe lá o que é morrer de sede em frente ao mar? O prejuízo maior que a água pode sofrer é a poluição. Uma vez poluída a água pode demorar muitos anos para voltar ao seu estado natural, potável, como os pingos da chuva lá do início.
Volto ao início e ao senhor que tentava varrer uma folha de árvore, pequenina, da porta de seu prédio, segundos antes da chuva começar. Quantos litros de água pura ele desperdiçava naquela tarefa imbecil? Não seria mais fácil varrer a folhinha ou pegá-la com a mão? Aquela água correria para o bueiro e se juntaria ao esgoto cheio de substâncias químicas e de lá iria parar sabe-se lá onde, mas, poluída, demoraria um tempo enorme para voltar para o reservatório d'água da cidade. Este tempo é que pode ser o suficiente para uma cidade entrar em caos por não ter o que beber. A água não vai "acabar" nunca, mas talvez, um dia, não possamos usufruir dela onde e como gostaríamos. Talvez as grandes desgraças naturais não nos metam tanto medo porque o que nos vai derrotar mesmo sejam as folhinhas nas calçadas. Aguadas de estupidez.
A busca milenar pelo ouro azul
A domesticação da água foi decisiva para o surgimento das primeiras civilizações. Por séculos, os homens desenvolveram técnicas para controlar o recurso que pode detonar as grandes guerras do século XXI
por Christophe Courau
A busca pela água é uma das mais antigas atividades humanas. Ao longo dos séculos, os homens desenvolveram técnicas cada vez mais sofisticadas para controlar cursos fluviais e armazenar seu conteúdo, chegando a guerrear por eles. A abundância do líquido é também um dos fatores responsáveis pelo nascimento das grandes civilizações antigas.
Uma das primeiras etapas na história da domesticação da água foi o surgimento da agricultura, o que levou ao desenvolvimento das técnicas de irrigação. De acordo com os indícios arqueológicos, as primeiras sociedades que transferiram a água dos rios para suas lavouras foram a babilônica, no atual Iraque, e a egípcia. Esta última foi responsável também por construir, no Nilo, as primeiras barragens conhecidas, inventando o que hoje chamamos de hidrologia.
Os antigos tiveram de criar também uma maneira de levar água às plantações que estavam acima do nível dos rios e canais. Os mesopotâmicos foram os pioneiros, criando o chadouf, sistema de alavanca e contrapeso que elevava alguns metros cúbicos de água por hora. O invento foi sucedido pela nória, uma roda vertical com copos que alimentavam uma canaleta, responsável por transportar o líquido até as lavouras.
Outra preocupação do período foi o excesso de água. Os mesopotâmicos novamente saíram na frente e inventaram o primeiro sistema de drenagem da história: um pequeno declive que levava o excedente do líquido para um fosso de coleta na parte mais baixa do terreno. Graças a essas técnicas criadas na Idade do Bronze, as superfícies cultiváveis se multiplicaram.
Mas egípcios e babilônios não foram os únicos capazes de controlar a água na Antiguidade. Por volta de 2500 a.C., a ilha de Creta já contava com um sistema de canais que levava o líquido até as casas. O palácio de Cnossos, por exemplo, possuía água corrente, fontes, banheiras e latrinas. Na mesma época, a civilização harappeana, originária do vale do rio Indo, no atual Paquistão, também possuía casas com chuveiros e latrinas, além de contar com uma rede urbana de esgotos. Por volta de 700 a.C., foi a vez dos assírios construírem um canal com mais de 100 km de comprimento para transportar a água das montanhas da região do atual Iraque para o palácio de Nínive. Enquanto isso, na Grécia, Arquimedes inventava um aparelho de elevação da água que ficaria conhecido como “parafuso”.
Roma também se destacou na domesticação do líquido. No século VI a.C., a cidade inaugurava seu primeiro sistema de esgotos. Cerca de 300 anos depois, o primeiro aqueduto, chamado deAqua Appia, começava a levar água até a cidade por canais de alvenaria. Os romanos souberam também explorar e aperfeiçoar as invenções dos povos que conquistavam. Em meados do século I a.C., por exemplo, a nória mesopotâmica era usada pelos latinos na região do estreito de Bósforo, na Turquia.
No final do império, Roma contava com 11 aquedutos, e o maior deles, chamado Aqua Claudia, percorria 68 km e transportava cerca de 1 milhão de metros cúbicos de água por dia. Isso não quer dizer que a população comum era bem abastecida. Cerca de um quarto da água que chegava à cidade ia para a casa imperial; metade ficava com os cidadãos “ilustres”, como os senadores; e a população comum tinha de se contentar com apenas um quarto de todo o líquido, que era coletado nas fontes públicas.
Embora as civilizações antigas tenham desenvolvido vários tipos de sistemas hidráulicos, a sociedade medieval parece ter abandonado esses conhecimentos. O abastecimento de água do período era irrisório, e a falta de locais para coletar o líquido usado causava graves problemas: as tinturarias e curtumes instalavam-se nas margens dos rios, poluindo-os; como não havia esgotos, cada família jogava seus detritos nas ruas, onde permaneciam até que a chuva os levasse; e as nascentes e os poços eram muitas vezes contaminados pela água suja.
Essa situação de escassez fez com que leis rígidas fossem criadas para regulamentar o uso dos recursos hídricos. No ano 960, por exemplo, o califa de Córdoba criou o Tribunal das Águas de Valência, uma instância responsável por organizar a distribuição do recurso natural e julgar eventuais irregularidades em seu uso. Essa corte especial ainda existe na Espanha e é sem dúvida a mais antiga instituição de justiça da Europa. Há mais de mil anos, oito síndicos (representantes nomeados pelos camponeses locais) se reúnem em um pequeno recinto e discutem os problemas referentes à divisão das águas do rio Turia. Se acusado, o agricultor é convocado diante dos magistrados e tem, no máximo, três dias para comparecer. Muitas vezes, os camponeses que vivem às margens do Turia respondem por roubo de água – crime que há séculos é cometido durante os períodos de fome e estiagem – ou rompimento dos canais e muros, o que causa um excesso de irrigação nas plantações locais.
A água sempre esteve associada à agricultura e à alimentação. Somente no início do século XIX essa situação se alterou, com a ascensão de uma função até então secundária: a higiene. O progresso científico fez com que a mentalidade do Ocidente mudasse, e passou-se a compreender o papel da água poluída nas epidemias de cólera ou de febre tifoide que assolavam as grandes cidades da época. Em meados do século, Paris contava com mais de 1 milhão de habitantes e só havia 90 mil m3 de água disponíveis por dia. Somente em 1854 a cólera matou mais de 11 mil pessoas.
Duas décadas depois, a Cidade Luz já contava com uma ampla rede de esgotos (boa parte dela é utilizada até hoje), e cerca de 448 mil m3 de água eram distribuídos por dia para a população. Em 1910, a profissão de carregador de água desapareceu completamente, dando espaço a um sistema de abastecimento e coleta composto por canais e galerias subterrâneas. Tinha início uma nova etapa na história da domesticação da água.
Embora quase todos os problemas sanitários tenham sido solucionados até o início do século XX, a água continuou a ser motivo de disputas e embates militares. Em alguns casos, se tornou até uma arma. Na década de 1980, por exemplo, durante a guerra entre o Irã e o Iraque, Saddam Hussein inundou algumas zonas de conflito para impedir que os iranianos atravessassem suas defesas. Por outro lado, após a Guerra do Golfo (1991), ele drenou os pântanos do rio Chatt-el-Arab, onde vivia a maioria dos xiitas, opositores do regime instituído em Bagdá.
A água tornou-se o “ouro azul”, um trunfo estratégico. No Oriente Médio, seu controle é um dos motivos do atual conflito árabe-israelense, pois 60% da água consumida no Estado judeu provém dos territórios palestinos ocupados. Na Turquia, a construção de barragens nos rios Tigre e Eufrates, obras indispensáveis para a região, ressecou as reservas de países como Síria e Iraque. Em 1975 foi a vez de a Síria anunciar a criação de uma barragem, quase provocando uma guerra com os vizinhos iraquianos.
Além de estar repleta de conflitos e embates militares, a história da domesticação da água é marcada também por vários exemplos de catástrofes ecológicas. Uma das maiores é a do mar de Aral, entre a Sibéria e o Uzbequistão. Os dois rios que alimentam a reserva foram explorados por décadas para o cultivo de algodão, fazendo com que o mar perdesse mais da metade de seus 64.000 km2 originais. Além disso, as margens ressecadas e saturadas pelo sal se tornaram verdadeiros desertos.
Duas décadas depois, a Cidade Luz já contava com uma ampla rede de esgotos (boa parte dela é utilizada até hoje), e cerca de 448 mil m3 de água eram distribuídos por dia para a população. Em 1910, a profissão de carregador de água desapareceu completamente, dando espaço a um sistema de abastecimento e coleta composto por canais e galerias subterrâneas. Tinha início uma nova etapa na história da domesticação da água.
Embora quase todos os problemas sanitários tenham sido solucionados até o início do século XX, a água continuou a ser motivo de disputas e embates militares. Em alguns casos, se tornou até uma arma. Na década de 1980, por exemplo, durante a guerra entre o Irã e o Iraque, Saddam Hussein inundou algumas zonas de conflito para impedir que os iranianos atravessassem suas defesas. Por outro lado, após a Guerra do Golfo (1991), ele drenou os pântanos do rio Chatt-el-Arab, onde vivia a maioria dos xiitas, opositores do regime instituído em Bagdá.
A água tornou-se o “ouro azul”, um trunfo estratégico. No Oriente Médio, seu controle é um dos motivos do atual conflito árabe-israelense, pois 60% da água consumida no Estado judeu provém dos territórios palestinos ocupados. Na Turquia, a construção de barragens nos rios Tigre e Eufrates, obras indispensáveis para a região, ressecou as reservas de países como Síria e Iraque. Em 1975 foi a vez de a Síria anunciar a criação de uma barragem, quase provocando uma guerra com os vizinhos iraquianos.
Além de estar repleta de conflitos e embates militares, a história da domesticação da água é marcada também por vários exemplos de catástrofes ecológicas. Uma das maiores é a do mar de Aral, entre a Sibéria e o Uzbequistão. Os dois rios que alimentam a reserva foram explorados por décadas para o cultivo de algodão, fazendo com que o mar perdesse mais da metade de seus 64.000 km2 originais. Além disso, as margens ressecadas e saturadas pelo sal se tornaram verdadeiros desertos.
Outro exemplo é o mar Negro, que, entre 1988 e 1991, perdeu três quatros de seus peixes por causa da emissão de poluentes. Esse também é o caso no mar Cáspio, a maior extensão de água fechada do mundo (380 mil km2), que tem suas reservas de petróleo e gás exploradas de maneira totalmente desordenada. Por fim, o lago Chade, que em 1963 era o quarto maior reservatório de água da África, tem hoje uma extensão 20 vezes menor, pondo em perigo a sobrevivência de 22 milhões de pessoas. A gestão das águas do rio Indo, na Índia, do rio Mekong, que percorre países como China, Laos, Tailândia e Camboja, e do rio Amur, entre a Rússia e a China, são exemplos de pontos de tensão.
Essa situação tem poucas chances de melhorar nos próximos anos, já que a procura por água não para de crescer. Em apenas um século o consumo mundial do líquido foi multiplicado por sete. Esse fenômeno é consequência de fatores como o aumento da atividade agrícola e industrial, a melhoria do conforto doméstico e o crescimento demográfico. De acordo com os especialistas, são necessários 1.500 litros de água para produzir um único quilo de trigo; 4.500 litros para um quilo de arroz e quase dez vezes mais para um quilo de carne. Entre 65% e 70% de toda a água consumida pelo homem se destina à irrigação de lavouras e pastos; as atividades industriais utilizam entre 20% e 25% do total do líquido, e somente os últimos 10% são dedicados ao uso doméstico.
Existe um dado ainda mais alarmante e extremamente simbólico: a manutenção de um campo de golfe nas proximidades do mar Mediterrâneo consome 500 mil m3 de água por ano, a mesma quantidade necessária para alimentar uma cidade de 13 mil habitantes. Isso indica que a batalha pelo “ouro azul” só está começando.
Essa situação tem poucas chances de melhorar nos próximos anos, já que a procura por água não para de crescer. Em apenas um século o consumo mundial do líquido foi multiplicado por sete. Esse fenômeno é consequência de fatores como o aumento da atividade agrícola e industrial, a melhoria do conforto doméstico e o crescimento demográfico. De acordo com os especialistas, são necessários 1.500 litros de água para produzir um único quilo de trigo; 4.500 litros para um quilo de arroz e quase dez vezes mais para um quilo de carne. Entre 65% e 70% de toda a água consumida pelo homem se destina à irrigação de lavouras e pastos; as atividades industriais utilizam entre 20% e 25% do total do líquido, e somente os últimos 10% são dedicados ao uso doméstico.
Existe um dado ainda mais alarmante e extremamente simbólico: a manutenção de um campo de golfe nas proximidades do mar Mediterrâneo consome 500 mil m3 de água por ano, a mesma quantidade necessária para alimentar uma cidade de 13 mil habitantes. Isso indica que a batalha pelo “ouro azul” só está começando.
Uma imagem fala mais que mil palavras: "Lista da tristeza."
18/03 - Homem checa lista de pessoas obrigadas a abandonar suas residências nas áreas afetadas pelo terremoto seguido de tsunami que ocorreu no Japão na sexta-feira da semana passada, dia 11/03. Além da destruição de casas e comércios, os vazamentos de material radioativo da usina de Fukushima deixaram muitas pessoas desabrigadas.
sexta-feira, 25 de março de 2011
II EREH 2011 - Sergipe
Vamos nessa Galera!
Pra quem não sabe o que é EREH - NE é Encontro Regional Dos Estudantes de Historia. No nosso caso o Nordeste. O encontro acontecerá nos Dias 20 a 24 de Abril na semana santa, ou seja, da pra muita gente marcar a presença e prestigia o evento.
Inscrições
*de 07 de fevereiro a 31 de março de 2011:
Inscrição sem alimentação: 50,00
Inscrição sem alimentação: 50,00
Inscrição com alimentação: 70,00
*de 01 de abril a 08 de Abril de 2011:
Inscrição sem alimentação: 60,00
Inscrição com alimentação: 80,00
Inscrição sem alimentação: 60,00
Inscrição com alimentação: 80,00
Coloquei o basicão só falando das datas para vocês não perderem o dia da inscrição para mais informações acesse: http://iierehnese.blogspot.com
Espero Vocês lá!!!!!!!!
quinta-feira, 24 de março de 2011
Os nazistas criaram os campos de concentração. FALSO!
Os líderes do Terceiro Reich desenvolveram esse sistema de aprisionamento durante a Segunda Guerra Mundial para prender comunistas, judeus, homossexuais e ciganos, certo? Errado!
por Olivier Tosseri
Os nazistas transformaram esse tipo de prisão em verdadeiros centros de extermínio, como Auschwitz (foto)
É preciso distinguir os campos de extermínio, organizados pelos nazistas durante os anos finais da Segunda Guerra, dos campos de concentração. Os primeiros surgiram para viabilizar a “solução final” – o extermínio dos judeus aprisionados até então pela ditadura de Hitler. Já os segundos foram criados no final do século XIX e não são uma invenção alemã.
O surgimento do arame farpado permitiu cercar e isolar enormes porções de terra a um custo muito baixo. Essas áreas serviam inicialmente para encarcerar opositores políticos, inimigos estrangeiros, minorias étnicas ou grupos religiosos específicos. O recurso era usado geralmente em situações de guerra, e os prisioneiros eram confinados sem julgamento prévio. O sistema foi aplicado pela primeira vez pelos espanhóis durante a Guerra de Independência de Cuba (1895-1898) para impedir que grupos de civis apoiassem rebelião.
No entanto, a primeira utilização do termo “campo de concentração” é atribuída aos britânicos, que construíram mais de 100 deles durante a Guerra dos Bôeres (1899-1902). Nesses espaços de confinamento eram internadas as famílias de colonos holandeses e franceses que tiveram suas propriedades destruídas durante os combates na África do Sul. Ao todo, mais de 120 mil pessoas foram detidas, especialmente idosos, mulheres e crianças.
As condições de vida nos campos ingleses eram péssimas devido à insalubridade dos abrigos e ao constante racionamento de água e de alimentos. Doenças como a febre tifoide e a disenteria, aliadas à falta de higiene e de material médico, mataram cerca de 30 mil pessoas, mais de 70% delas crianças.
Reflita!!
"Uma Lei injusta não é Lei alguma e portanto eu tenho o direito e mesmo o dever de resistir com violência ou desobediência civil, rezem para que eu escolha a última!"
Uma imagem fala mais que mil palavras: "água e petróleo."
18/03 - Manifestante usa placa para se proteger de jato de água jogado por policiais. Eles querem dispersar os protestos em frente ao prédio da Shell, no distrito de Makati, nas Filipinas, no distrito financeiro de Makati, nas Filipinas. Os manifestastes invadiram os escritórios dos membros do cartel local da Shell, Petron e Caltex, para denunciar o constante aumento dos preços do petróleo.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Voltei!
Voltei!
Bom Dia, Boa Tarde ou Boa Noite Amigos. O blog Senhora História passou um tempo parado, pois eu estava sem tempo para atualizar, mas agora a coisa vai ser diferente voltei e voltei com vontade de escrever, procurar novidades e de divulgar mais ainda o blog. Fiquem a vontade, para fazer algum pedido ou de mandar sua matéria para ser publicada.
Em breve estarei lançando um novo blog, mas esse será mais específico para a galera que estuda na Funeso, pois hoje existe uma necessidade de surgir uma nova força dentro da faculdade, que seja pelo estudante e exclusivamente para eles.
Deixo aqui uma frase para refletir: “Algumas pessoas demonstram tanto respeito por seus superiores que não sobra nenhum para elas mesmas.”
A História da Escala Richter
A Escala Richter foi criada em 1935, por Charles F. Richter (1900 - 85), um físico norte-americano que desenvolveu a medida para calcular a intensidade dos abalos sofridos na Costa Oeste dos EUA, usando como base a leitura de sismógrafos.
Richter, trabalhando no Instituto de Tecnologia da Califórnia, estudou mais de 200 terremotos por ano para compô-la.
A escala começa no número 1 e não tem limite definido.
Cada unidade a mais representa um acréscimo de energia dez vezes superior ao último grau.
Os terremotos de número 1 e 2 são captados por aparelhos, mas raramente percebidos pelas pessoas e animais.
Os terremotos de número 1 e 2 são captados por aparelhos, mas raramente percebidos pelas pessoas e animais.
O famoso terremoto do México de 1985 alcançou 8,1 pontos e o recente tremor na Índia, em 26 de janeiro de 2001, chegou a 7,9.
Abalos de 9 graus nunca foram registrados, apesar da crença de que o terremoto de Lisboa de 1755 possa ter sido um desses.
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