Diálogo franco e aberto sobre o massacre, mas precaução ao permitir o acesso a imagens da tragédia são as principais dicas de Leila Salomão Tardivo, professora do Departamento de Psicologia da USP, sobre como os pais devem lidar com o assunto. Ela diz também que é uma oportunidade para que a família se reúna e discuta valores. Veja abaixo as principais recomendações.
Abertura. Não se deve proibir ou evitar que a criança fale sobre o assunto, caso ela cite o massacre de Realengo. Segundo a psicóloga, é importante deixar que ela fale espontaneamente sobre o tema e se sinta à vontade para comentar medos e receios.
Exposição. Os pais devem evitar que menores de 10 anos sejam expostos a imagens chocantes, como corpos ensanguentados ou com pessoas desmaiando, extremamente emocionadas. Segundo a psicóloga, isso não vai acrescentar nada de positivo à vida delas e ainda pode causar traumas, principalmente entre os menores de 5 anos.
Valores. Uma conversa em família pode ressaltar a importância de valores, como a solidariedade e o respeito às demais pessoas. A escola deve participar desse processo. Também é importante explicar para as crianças que não é todo dia que acontece um massacre como o de Realengo e a segurança delas não está ameaçada.
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