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domingo, 3 de abril de 2011

Uma imagem vale mais que mil palavras: "Papa Pio XII se reunindo com Adolf Hitler em 1939"


Eugenio Giuseppe Maria Giovanni Pacelli nasceu em Roma no dia dois de março de 1876 e morreu em nove de outubro de 1958. Foi Papa de 1939 até a data da sua morte. Sua postura durante a Segunda Guerra Mundial tem sido motivo de polêmica desde então.
De família da nobreza, era neto de Marcantonio Pacelli, fundador doL'Osservatore Romano, o jornal oficial do Vaticano; sobrinho de Ernesto Pacelli, conselheiro de finanças papal do Papa Leão XII, e filho de Filippo Pacelli, deão dos advogados do Vaticano.
Pacelli tornou-se sacerdote em abril de 1899 e foi nomeado Núncio Apostólico na Baviera em 1917 – durante a Primeira Guerra Mundial – e depois na Alemanha em junho de 1920. Elevado a Cardeal em 1929, no ano seguinte foi nomeado Secretário de Estado. Em 1939, no dia de seu aniversário, Pacelli foi eleito Papa e adotou o nome de Pio XII, em plena preparação para uma nova guerra, na qual sua atuação foi controversa. Chamavam-no de il Tedesco, "o alemão".
Pelo Tratado de Latrão, de 1929, em troca de 750 milhões de liras, o Papado reconheceu o regime de Mussolini. Quando Hitler chegou ao poder em 1933, Pacelli supervisionou os termos da concordata de 20 de julho de 1933, redigidos pelo Monsenhor Gröber que, a pretexto de proteger os católicos, tirou o Führer dos nazistas do isolamento diplomático em que se encontrava nos primeiros momentos da sua ascensão.
Os pedidos de paz do Papa eram feitos em comunicados natalinos, como no discurso feito no Natal de 1942. Há quem diga que o papa, sem especificar quem eram as vítimas, apenas apontou "as centenas e os milhares que, sem falta ou culpa alguma, talvez apenas em razão da sua nacionalidade ou raça, foram marcados pela morte e pela progressiva extinção." Outros afirmam que no comunicado o Papa condenou explicitamente a perseguição judia.
Em 10 de setembro de 1943, com a invasão dos nazistas a Roma, o Papa abriu a Santa Sé aos refugiados. Porém, Pio XII, que dispunha da única rádio independente em toda a Europa ocupada, não fez uma denúncia pública das atrocidades nazistas.
A peça O Vigário (Der Stellvertreter), escrita em 1963 pelo alemão Rolf Hochhuth, denunciou a omissão do papa. Recentemente, a Igreja Católica foi abalada por outra denúncia contra Pio XII: o livro do escritor católico inglês John Cornwell (O Papa de Hitler, a história secreta de Pio XII, ed. Imago), afirma que o que mais ligou o papa aos nazistas era o antijudaísmo de ambos.
Já o livro Pio XII, Eugenio Pacelli, Um Homem no Trono de São Pedro, do jornalista italiano Andréa Tornielli, afirma que as acusações feitas ao pontífice fazem parte de uma "lenda negra" e não encontram respaldo em documentos históricos. Ele cita novos documentos mostrando que, no colégio, Pacelli era amigo de um colega de classe judeu, Guido Mendes.
Em 1965 o Papa Paulo VI deu início à sua beatificação. Em 2000, o papa João Paulo II pediu perdão em nome da Igreja Católica por diversos erros do passado, dentre eles os sofrimentos infligidos aos judeus em nome da religião.

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